Entendemos que é quando um determinado povo assume o poder sobre o estado. Seja uma terra, um bem natural ou mesmo o estado. É o povo no poder, tomando as decisões. O poder popular também é uma sociedade qualquer que seja, assume de forma coletiva, se sensibiliza a partir das necessidades, desafia a aprender e busca mais conhecimentos, pois, essa forma de democracia que temos é totalmente contraria ao poder popular e umas das características que mais deixa isso aparente é: um representante que fala e age pelo povo, então não é poder popular, mas sim quando o povo fala e decide pelo povo. É quando quem está na condição de oprimido fala por si e muda o quadro, quando tomamos o rumo da história a partir das nossas necessidades, sem ter uma pessoa que vá fazer o que bem entende, e se é de sua própria idéia não é nunca poder popular. E poder que vem das vontades coletivas de transformação e construção o poder de se dirigir enquanto coletivo, o povo tendo e usando sua autonomia.
Nesse modelo de poder não se admite ser objeto de massa nem de manipulação, passa a ser um espaço onde os sujeitos se vêem de forma igual, dizendo o que sentem e pensam para que assim possam construir um novo mundo possível de se viver justamente e igualitariamente. Fazendo uma relação com o texto de Roberta Traspadine sobre o capitalismo vê-se que a mesma traz muito a crise e mão de obra, que a exploração do trabalho é sua base de sustentação e funcionamento, explorar o humano pra produzir.
Para o capital nós os/as trabalhadores/as somo apenas um objeto de exploração, e o texto desmitifica isso, e quando cita Milton Santos é muito forte dizendo que nós precisamos começar com os pés no chão. Não da pra pensar o poder popular sem partir do local e do coletivo, tem que ser de “baixo” pra cima.
É essa dinâmica de luta pela sobrevivência é que quebra a força da organização, do pensar e agir coletivo, os/as milhares de desempregados/as sem organização, pois o medo toma conta em muitas situações tais como de falar o que pensa e algum familiar perder o emprego ou de perder o próprio emprego. As pessoas não estão acostumadas a fazer um trabalho coletivo, fomos criados para obedecer, receber ordem “manda que pode e obedece quem tem juízo”, isso fragiliza a construção do poder popular, o potencial de mobilização, organização e ação popular.
A educação é uma ferramenta muito importante que chega a interferir diretamente no resultado da sociedade, se a educação for de uma metodologia conservadora e tradicionalista a sociedade se reproduzirá dessa forma e se for de uma metodologia popular, libertadora e dialógica a sociedade se reproduzirá dessa maneira. Com mudar se não existe diálogo?
O texto também deixa transparente que fazemos nossas lutas a parti da classe de trabalhadores, mas existe o estado e se nós não mexemos na estrutura do estado não poderemos construímos o poder popular. No governo Lula, houve mudanças, porém a estrutura continua a mesma, e este modelo está à serviço modelo posto, ou seja, capital. A construção de novas relações pessoais, diferente da que está posta, relações de valores a parti do interesse da classe trabalhadora, não uma relação de domínio como vivenciamos. O poder surge através das relações de mudança de valores éticos, solidários, entre outros. E como dizia Chico Science “Me organizando eu posso desorganizar”. Temos que ter autonomia das decisões e na organização, precisamos da discussão política, esse é um dos desafios do poder popular. A outra questão é que vivemos no cotidiano de falar o que fizemos e o que vamos fazer, e sem tempo para estar nas bases para realmente fazer. NÃO É UM GOVERNO QUE VAI MUDAR, SOMOS NÓS. Infelizmente ainda não temos uma consciência de classe, a nível local, estadual ou nacional para a luta de um povo.
Vamos realmente trabalhar nossas bases e nos formar para construir o Poder Popular!
Rede de Educação Cidadã – núcleo Alagoas.
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