O ABUSO DE VENENOS NOS MONOCULTIVOS DE FRUTAS EM PETROLINA
Petrolina e Santo Antão são as regiões do Estado de Pernambuco que mais apresentam problemas em função do uso abundante de venenos na agricultura. Nestas regiões os trabalhadores e trabalhadoras são vítimas de tantos e tantos descasos, ou seja, onde muitos dos direitos trabalhistas não são respeitados, como por exemplo, empresas que não assinam carteira, trabalho exaustivo, aplicação de veneno sem nenhum equipamento de proteção, reclamações constantes em função dos sintomas provocados pelos venenos (náuseas, vômitos e dor de cabeça...)
todos os dias, trabalhadores e trabalhadoras estão expostas aos piores venenos produzidos pelas multinacionais A metade dos venenos usados nos perímetros irrigados pertence ao grupo dos organofosforados, que são os mais perigosos. As plantações de uva e manga constituem a metade dos monocultivos irrigados e recebem, em média, quatro aplicações por mês. Produtos como: folidol, folisuper, monzeb, paraquat, extremamente perigosos são usados abertamente. O paraquat está proibido desde de 1995 pelo Ministério da Saúde através da portaria 329 de 2/9/1995. Podemos dizer que a região do Vale do São Francisco é hoje um barril de pólvora, onde milhares de seres humanos estão sendo vítimas da ganância do capital.
O consumo abundante de água, de venenos e de investimentos em infraestrutura fazem da fruticultura do perímetro irrigado de Petrolina um investimento altamente promissor para o grande capital e um campo de extermínio de vidas humanas. A renda líquida deixada é menor que a rende deixada pela agricultura de sequeiro na mesma região de Petrolina.. As famílias que estão resistindo aos projetos da CODEVASF sabem disso muito bem.
Derli - MPA
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