quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O ABUSO DE VENENOS NOS MONOCULTIVOS DE FRUTAS EM PETROLINA

O ABUSO DE VENENOS NOS MONOCULTIVOS DE FRUTAS EM PETROLINA

Petrolina e Santo Antão são as regiões do Estado de Pernambuco que mais apresentam problemas em função do uso abundante de venenos na agricultura. Nestas regiões os trabalhadores e trabalhadoras são vítimas de tantos e tantos descasos, ou seja, onde muitos dos direitos trabalhistas não são respeitados, como por exemplo, empresas que não assinam carteira, trabalho exaustivo, aplicação de veneno sem nenhum equipamento de proteção, reclamações constantes em função dos sintomas provocados pelos venenos (náuseas, vômitos e dor de cabeça...)
todos os dias, trabalhadores e trabalhadoras estão expostas aos piores venenos produzidos pelas multinacionais A metade dos venenos usados nos perímetros irrigados pertence ao grupo dos organofosforados, que são os mais perigosos. As plantações de uva e manga constituem a metade dos monocultivos irrigados e recebem, em média, quatro aplicações por mês. Produtos como: folidol, folisuper, monzeb, paraquat, extremamente perigosos são usados abertamente. O paraquat está proibido desde de 1995 pelo Ministério da Saúde através da portaria 329 de 2/9/1995. Podemos dizer que a região do Vale do São Francisco é hoje um barril de pólvora, onde milhares de seres humanos estão sendo vítimas da ganância do capital.
O consumo abundante de água, de venenos e de investimentos em infraestrutura fazem da fruticultura do perímetro irrigado de Petrolina um investimento altamente promissor para o grande capital e um campo de extermínio de vidas humanas. A renda líquida deixada é menor que a rende deixada pela agricultura de sequeiro na mesma região de Petrolina.. As famílias que estão resistindo aos projetos da CODEVASF sabem disso muito bem.
Derli - MPA

Plano camponês

PLANO CAMPOONÊS

1. O Plano Camponês se afirma como a estratégia do MPA. Ele norteia a nossa luta, dizendo para os grupos de base e todas as instancias do movimento a produção, a educação, a saúde, o meio ambiente, o modelo de produção de energia , as formas de comercialização, de comunicação, de auto sustentação que queremos.

2. Por isso o plano camponês nos convoca todos os dias a construir uma organização , desde a base até a direção nacional, que nos ajude aprofundar nossa reflexão e poder enfrentar todos os desafios : políticos, ideológicos e econômicos.

3. Neste sentido, só compreendem o Plano Camponês os companheiros e companheiras que participam das lutas do povo, que lá na base colocam em prática aquilo que é decidido nas instâncias do Movimento.

4. E lá no grupo de famílias que a gente aprende a colocar ação a educação camponesa, a produção de sementes crioulas, a produção de insumos, a vivência de nossa cultura camponesa, de nossos valores.

5. É lá no grupo de base, por meio da leitura de nossas cartilhas, da reflexão a partir da realidade local, regional, nacional e mundial que a gente passa a entender quem está contra nós e como os inimigos do povo se articulam contra nós.

6. Então quando a gente não se encontra para organizar e defender o modo de vida das comunidades camponesas e a sociedade que queremos e fica se interessando muito ou dando muita atenção as coisas que os inimigos preparam para meter em nossas cabeças, ai a coisa fica feia.

7. É muito comum a gente se deparar com pessoas pobres, sem casa, sem terra, sem estudo sem nada, metendo o cacete no MST, chamando o movimento de bandido, defendendo o uso de venenos na agricultura, puxando o saco dos grandes e até oferecendo o filho ou a filha para um rico ser o padrinho de batismo

8. O plano camponês é a estratégia que nos e nos ajuda a ver o mundo com outro olhar e não com o olhar daqueles que nos dominam, que nos exploram e que nos dizem que todos podem ser ricos e que basta trabalhar muito

9. Nós que somos das comunidades camponesas temos que aprender e apreender que não podemos, de forma alguma, sermos dependentes dos venenos e de todas as porcarias que o mercado tenta colocar em nossas cabeças como importantes . é triste, por exemplo, ver famílias camponesas comprando sementes na hora de plantar, deixando de cuidar do quintal da casa , carregando uma bomba de venenos para aplicar folisuper no feição, no algodão, na soja, no trigo.

10. O plano camponês nos diz que nós camponeses e camponesas não podemos entrar na lógica perversa do modelo de produção das grandes empresas, assumido e aplicado através do agronegócio

11. Tem muita gente em nosso meio que está sempre dentro da Igreja, que acredita na ressurreição, que participa das romarias de padre Cícero, mas não gosta da comunidade, fortalecendo a força dos inimigos do povo.

12. A gente precisa ter clareza que não adianta ficar xingando o capitalismo, metendo a lenha no inimigo do povo sem fazer, por meio de nossa prática,a construção do socialismo E quando a gente trabalha a organização de nossa produção, a defesa de nossa identidade cultural, o controle político de nossas decisões e cultiva diariamente os valores da solidariedade e m otiva mais e mais gente a fazer parte desta visão de sociedade solidaria, estamos construindo o socialismo.

13. Mas tudo isso exige muito conhecimento político, técnico e econômico. Um povo que se nega o acesso ao conhecimento, que se nega a fazer do trabalho na terra uma constante produção de experiências que libertam, certamente será sempre escravo do sistema de dominação. A revolução verde, desde os anos cinqüenta, vem nos motivando e nos ensinando que a gente não precisa produzir conhecimentos a partir de nossa realidade, de nossa prática, mas aplicar os conhecimentos perigosos dos venenos, dos transgênicos, do monocultivo , dos medicamentos feitos para nos controlar.

14. A gente só muda o mundo quando a passa a se entender a partir de nossos modos de vida, de nossas identidades culturais, políticas, étnicas, ou seja, quando passa realmente a se ver a partir de nossa história> o que está por detrás dos sistemas de escravidão, das migrações forçadas, do controle das terras, da forma como a escola nos educa, dos conhecimentos que as classes dominantes tentam nos impor a todo custo, se a a gente não se vê criticamente no mundo, na história , nunca seremos um povo livre, capaz de transformar o mundo.

15. E o conhecimento libertador a gente se constrói por meio dos encontros de formação nos grupos de base, da montagem de bancos de sementes crioulas, diversificando e comercializando a produção, ou seja, compreendendo que fazendo isso a gente está negando aqueles que nos negam e nos dominam.

O PLANO CAMPONÊS E A CONVIVÊNCIA NO SEMI-ÁRIDO

1. Nos países do norte: Alemanha, Itália, França, Estados Unidos, Suécia, Suíça e tantos outros, as famílias camponesas tiveram que aprender a conviver com o gelo, com a neve e garantir a produção de comida. O mesmo acontece nas regiões onde o clima é bastante seco. As longas estiagens exigem aprender a conviver com a seca. Existem regiões de clima semi-árido que quase não chove; Israel, Palestina são exemplos. Os povos Maya , por exemplo, formaram grandes cidades em regiões que chovia bem menos que no no Nordeste brasileiro, mas produziram conhecimentos importantes para conseguirem viver bem naqueles climas bem secos. Cidades com até 60 mil habitantes conseguiam guardar água de qualidade para abastecer toda a população.

2. O Semi-Árido brasileiro é um dos que mais chove no mundo, ou seja, é um dos menos seco. Mas aqui, em função da forma como se deu a formação do povo, o escravismo, a negação do povo a ter o acesso à terra, a destruição de experiências bonitas como é o caso de canudos no sertão baiano e tantas outras, as migrações forçadas para as grandes capitais, acabaram dificultando a construção de formas de convivência no semi-árido. Estas desmobilizações pensadas e articuladas pelo capital obrigaram milhares de comunidades camponesas a ficarem na dependência dos coronéis, dos senhores do engenho e d a terra.As famílias não eram submetidas aos interesses dos senhores por meio do trabalho escravo, da controle eleitoral, mas também por meio do controle dos símbolos sagrados, religiosos.

3. Tudo isso marcou e continua marcando ávida das comunidades camponesas do Sertão nordestino. E hoje com a presença muito mais direta do Estado Brasileiro por meio das políticas assistencialistas.

4. Mesmo com tudo isso, as comunidades conseguiram acumular muito conhecimento importante no sentido de como conviver com as longas estiagens. Josué de Castro, em a Geografia da Fome, nos afirma que as famílias camponesas que se deram conta desta realidade freqüente no nordeste, buscavam se prevenir, produzindo suas ferramentas, seus utensílios domésticos, seus pequenos animais e os plantios resistentes á seca para não faltar a comida durante as longas estiagens..

5. Tem um montão de coisas que a gente terá que reaprender com a história, vasculhando o conhecimento acumulado, O MPA não pode deixar de lado o conhecimento de Padre Ibiapina, padre Cícero, Antônio Conselheiro, Josué de Castro, Gregório Bezerra , Paulo Freire, além do aprendizado que estamos construindo dentro dos movimentos sociais.

Derli MPA

Reforma Agrária pode gerar mais de 20 milhões de empregos, aponta estudo

Reforma Agrária pode gerar mais de 20 milhões de empregos, aponta estudo
22 de dezembro de 2009
ANÁLISE DO CENSO AGROPECUÁRIO 2006 - ALGUMAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Frei Sérgio Görgen (*)

A cada 10 anos, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – faz um levantamento, uma pesquisa, indo de casa em casa, para saber como está a vida e a produção no meio rural brasileiro.
O último Censo Agropecuário foi feito em 2006 e publicado em 2009. Esta pesquisa permite fazer um retrato, uma fotografia de como está a vida e a produção na roça. É possível também fazer algumas comparações importantes sobre as diferenças entres os grandes e pequenos agricultores, entre o agronegócio e a agricultura camponesa.
Vejamos alguns números desta pesquisa.
1 – Propriedade e Posse da Terra:
Os pequenos agricultores têm 24% de todas as terras privatizadas do Brasil.
Quer dizer, de cada 100 hectares de terras, 24 são de camponeses.
Os médios e grandes têm 76% de todas as terras.
De cada 100 hectares, 76 são do agronegócio.
2 – Número de Estabelecimentos – Propriedades, Posses, Lotes:
Os camponeses são mais de 4 milhões e 360 mil estabelecimentos.
Os médios e grandes são apenas 807 mil estabelecimentos.
Os grandes proprietários acima de mil hectares são apenas 46 mil. Os latifundiários acima de 2 mil hectares são apenas 15 mil fazendeiros, que detêm 98 milhões de hectares.
3 – O que produzem:
Os camponeses produzem 40% da produção agropecuária do Brasil (medida pelo Valor Bruto da Produção Agropecuária Total), apesar de terem apenas 24% das terras, nas piores condições de topografia e fertilidade. Além disso, sabe-se que grande parte da produção do camponês é para auto-sustento e, portanto, não é vendida.
Os médios e grandes produzem 60% da produção agropecuária do país e possuem 76% de todas as terras - entre elas, as mais planas, férteis e melhor localizadas para o mercado.
4 – Valor da produção por hectare:
1 hectare da agricultura camponesa teve, em média, uma renda de R$ 677,00.
1 hectare do agronegócio teve, em média, uma renda de apenas R$ 368,00.
5 – Quem produz o que o povo brasileiro come:
Daquilo que vai para a mesa dos brasileiros, 70% é produzido pelos pequenos agricultores, pelos camponeses.
Só 30% do que vai à mesa dos brasileiros vem das grandes propriedades, que priorizam apenas as exportações. Não produzem comida, querem produzir apenas "commodities".
6 – Trabalho para o povo:
As pequenas propriedades dão trabalho para 74% de toda a mão de obra no campo brasileiro.
As médias e grandes, o agronegócio, mesmo com muito mais terra, só empregam 26% das pessoas que trabalham no campo. Preferem utilizar mecanização intensiva e muito agrotóxico. Por isso, o Brasil se transformou na safra de 2008/2009 no maior consumidor mundial de agrotóxicos. São aplicados 700 milhões de litros de veneno por ano!
7 – Quantas pessoas trabalham por hectare:
Na agricultura camponesa, em cada 100 hectares, trabalham 15 pessoas.
No agronegócio, em cada 100 hectares, dão emprego para apenas 2 pessoas (média real de 1,7 pessoas/ha).
8 – Os recursos do crédito agrícola:
Os valores do crédito não estão no Censo Agropecuário, mas no Plano Safra. No Plano Safra 2009/2010 foram destinados R$ 93 milhões para o agronegócio, e R$ 15 bilhões para a agricultura camponesa.
Mesmo assim, sabe-se que apesar da crescente oferta de recursos para a agricultura camponesa, apenas 1,2 milhões de estabelecimentos familiares têm acesso ao credito, e na última safra utilizaram apenas 80% do que está disponível.
Isto significa que os camponeses utilizam apenas 14% do crédito agrícola total ofertado pelos bancos, através das normas e determinações da política do governo federal.
Resumo comparativo entre os dois modelos de agricultura vigentes no Brasil
Quadro comparativo
PERSPECTIVAS CASO HOUVESSE REFORMA AGRÁRIA MASSIVA
Usando os dados do Censo 2006, podemos fazer uma projeção de como poderia ser o Brasil se houvesse uma Reforma Agrária, massiva, que democratizasse a propriedade e a posse da terra e reorganizasse a produção agrícola para o mercado interno.
Tomando como base só os estabelecimentos acima de mil hectares, ou apenas 46.911 estabelecimentos: ocupam uma área de 146.553.218 hectares, isto é, mais de 146 milhões de hectares. Dá uma média de 3.125 hectares por propriedade.
Agora, vejamos como ficariam estas terras que agora pertencem a apenas 47 mil grandes proprietários, se fosse distribuída em lotes com tamanho médio de 50 hectares por família:
- Seriam criados 2 milhões e 920 mil novos estabelecimentos agrícolas, ou seja, quase 3 milhões de novas famílias de camponeses.
- Contando que a agricultura camponesa ocupa 15 pessoas a cada 100 hectares, esta Reforma Agrária criaria trabalho para mais 21 milhões de pessoas, ao contrário de 2 milhões e 400 mil criados hoje através do agronegócio - que, além do mais, trabalham recebendo salários ridículos, muitas vezes apenas temporários, e sem direitos trabalhistas ou previdenciários.
- Tomando em conta que, na agricultura camponesa, cada hectare gera uma renda média anual de R$ 677,00, a renda gerada nas áreas distribuídas produziria uma nova riqueza no valor aproximado de R$ 99 bilhões por ano.
É só comparar. O latifúndio e o agronegócio não trazem benefícios para a sociedade brasileira, nem social, nem economicamente, e muito menos é sustentável ambientalmente. Pois a sua matriz tecnológica é altamente destrutiva pelo uso intensivo de agrotóxicos.
Uma Reforma Agrária que atingisse apenas os estabelecimentos acima de mil hectares, preservando os médios proprietários, geraria muito mais trabalho, produção, renda e desenvolvimento para todos os brasileiros.

(*) Frei Sergio Görgen é membro do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Via Campesina Brasil
Assentamento de Hulha Negra-RS, dezembro de 2009.
Nacional
Agricultura
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A UNIVERSIDADE PRECISA, URGENTEMENTE, RECUPERAR O PENSAMENTO DE Karl Marx

A UNIVERSIDADE PRECISA, URGENTEMENTE, RECUPERAR O PENSAMENTO DE Karl Marx

A partir do s anos oitenta, com a ascensão do pensamento neoliberal, que teve a ousadia de pregar o fim da história, ou seja, negar o movimento histórico como um movimento que não se prende as leis da moral kantiana, nem a compreensão da realidade a partir dos fenômenos que se visualizam a partir do imediato de Spinoza e Pascal. Negou-se o pensador Mar f filósofo a leitura do mundo real a partir das contradições que fazem parte do próprio movimento real das coisas. Se para o pensador Hegel a dialética conduziria a sociedade absoluto negando o movimento dialético que aponta sempre para um vir a ser (Heráclito). Neste sentido Marx nega Hegel ´ ao entender que a história não se afirma por um antes e nem por um depois, mas pela sua dialeticidade.Por isso na história nada pode ser absolutizado, afirmado como fim em si mesmo. Os neoliberais absolutizaram o modo de produção capitalista. Marx, ao dizer que na história e por ser ela um movimento real, nada pode ser absolutizado, disse que o próprio modo de produção capitalista gera dentro dele, por meio de suas contradições, sua negação, ou seja, outro modo de organizar a produção
O processo de produção, mercantilizarão, e acumulo de lucro produz sua própria negação. A acumulação carga dentro de si a negação da não acumulação na medida que o próprio movimento histórico ,pó meio de seu sujeito político revolucionário; a classe trabalhadora vai superando os imediatismos e se assumindo como negação que mais lhe nega; a acumulação do capital nas mãos das classes dominante.
Lastimavelmente,, grande parte da juventude dentro do meio acadêmico se v~e muito mais Fukiamista, Hegeliana, Spiniziana, Permenediana, onde tudo volta ao começo, sem viver as contradições e se absoluto. Essa visão pessimista, que nos nega como sujeitos que transformam o mundo só se supra lendo e compreendendo o movimento dialético real de Marx. O mundo das verdades eternas, do orgulho da ciência, da absolutização do capital nunca esteve tão frágil e tão sujeito ás tamanhas derrocadas como no momento histórico que estamos em curso.
E, dentro desta compreensão da absolutização e da negação estamos vendo como o modo de produção capitalista vive profundamente sua superação: a ciência cada vez se orgulha e se afirma como verdade eterna, o mercado, o consumo. Etc. Olha o que Marx disse sobre o avanço do capitalismo: “quanto mais a sociedade se unifica economicamente mais ela necessita de socialismo. E Marx continua “quanto mais o mundo das coisas ganham valor, mais o mundo dos homens se desvaloriza”.Por isso, companheiros e companheiras, nunca na história das sociedades, o estudo sobre o materialismo histórico, materialismo dialético, ideologia Alemã e a Sagrada família de Marx fizeram-se tão importante para nossa militância como neste tempo que se chama hoje. As crises por si mesmas não levarão à revolução. As lutas sindicais e econômicas também não conduzirão à revolução. É preciso fazer a avançar a luta ideológica, a compreensão profunda da luta de classes e, acima de tudo, a criação de um partido revolucionário. As crises ajudam revelar os sintomas de como o modo de produção vigente se encontra. As crises nos ajudam arquitetar nossas ações, daí a necessidade do estudo e da organicidade.
Derli - MPA Nordeste