segunda-feira, 22 de junho de 2009

ARACRUZ NÃO PODERÀ PROMOVER MAIS DEMISSÕES

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Aracruz Celulose não poderá promover mais demissões
17/06/2009 - 22h26 ( - gazeta online)
Audiência realizada na tarde desta terça-feira (16), na Vara do Trabalho de Aracruz, sobre ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) que pede a reversão das 140 demissões feitas pela Aracruz Celulose em abril, o juiz Antonio de Carvalho Pires, titular de Vara, decidiu que a empresa não poderá mais promover demissões até que sejam apreciadas as propostas do Sindicato. O procurador do MPT, Antonio Marcos Fonseca de Souza, acusa a Aracruz Celulose de abuso, uma vez que não fez qualquer tentativa de negociação com o Sindicato. A empresa não discutiu formas alternativas, como a suspensão de contrato, férias coletivas ou de licença remunerada, para evitar as demissões em massa dos trabalhadores. O juiz justificou sua decisão, depois que o Sindicato dos Trabalhadores Papeleiros e Químicos do ES (Sinticel) apresentou exemplar de um periódico, edição do dia, que veiculou matéria sobre a expectativa de novas demissões em todos os escalões da empresa. Ele atendeu a um dos pedidos do MPT, que queria também a reintegração de todos os dispensados. O Juiz também decidiu que será formada uma comissão, composta pela empresa, em conjunto com o Sindicato e o Ministério Público, para analisar, individualmente, os casos de demissão de empregados que se encontram com problemas de saúde, bem como a estabilidade pré-aposentadoria, garantida em acordo coletivo, mas que foi descumprida pela Aracruz Celulose, já que dos 140 demitidos, 28 operários estavam prestes a se aposentarem. A decisão prevê que a comissão se reúna antes do dia 28 de julho, quando acontecerá nova audiência no processo e terá que ser avisada ao juízo, assim como a ata será juntada a ação do MPT. Esse acordo só foi possível, porque o Sinticel, que também move uma ação pedindo a anulação das demissões, teve essa ação integrada a do Ministério Público e poderá participar do processo. Na audiência, o Sindicato desmentiu a empresa que dizia tratar dos problemas de empregados demitidos em reuniões semanais realizadas com o Sindicato. O presidente do Sinticel, Joaquim Artur Duarte Branco, alegou que nessas reuniões a empresa não aceita discutir as dispensas e muito menos fazer a ata dos assuntos discutidos. Em nota, a assessoria de imprensa da Aracruz informa que não houve o deferimento de qualquer liminar durante a audiência realizada na Vara Federal de Aracruz, acerca da ação civil pública. O Juiz Antônio de Carvalho Pires ficou de apreciar oportunamente pedido específico do Ministério Público no sentido de a Aracruz abster-se de fazer desligamentos significativos de empregados até apreciação das propostas sindicais, desde que surjam indícios claros de sua concretização. Nova audiência foi designada para dia 28 de julho.

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