quarta-feira, 27 de maio de 2009

A crise atual

A crise atual
A atual crise financeira se originou no coração do capitalismo, no entanto se espalhou pelo mundo e atingiu toda a estrutura do modelo capitalista neoliberal, tornando-se uma crise estrutural, que possivelmente será prolongada. Tal crise também é resultado de um modelo de exploração que o capital adotou ao longo dos anos e que ganhou maiores proporções na atualidade, atingindo vários aspectos como:

Ambiental

O modelo atual é insustentável do ponto de vista ambiental, pois degrada o meio ambiente aumentando a cada dia o nível de exploração e apropriação dos recursos naturais por parte das empresas capitalistas. No último período temos vivenciado os graves efeitos deste modelo como: o aquecimento global desgela nos pólos, aumento do nível do mar, furacões, secas, alagamentos, etc.

Ideológica
Confundir a mente e o coração das pessoas onde tudo é mercado e as pessoas deixam der ser humano e passam ser objeto de mercado. Deixamos de ter um senso critico e organizativo das coisas que estão acontecendo. Deixamos de ter consciência de classe, as pessoas briguem entre si deixem de ser pessoas com capacidade de fazer justiça, passamos a ser igual ou pior que os capitalista. Perdemos a capacidade de sentir ternura um pelo outro ficamos inconseqüente. Não temos projeto coletivo que se sustente nossas lutas. Olhamos as organizações dos trabalhadores e percebemos que todos estão divididos e estão armados para fazer o confronto interno entre si de não permitir que outros se aproximem. Ha uma desumanização de nós mesmos, perdemos a paixão e a ternura pela vida de e a capacidade de endurecer-se sem perder a ternura jamais (Che Guevara). O neoliberalismo como ideologia que legitimava a ofensiva econômica, política e até militar dos países centrais sobre os países periféricos, destrói-se, pois o discurso implementado de que o estado não devia intervir na economia vai por água abaixo, chegando ao ponto de que certas empresas para sobreviver necessitem de investimento esta

Energética
O sangue do sistema capitalista é o petróleo, que segundo estudos está entrando em um ciclo de escassez e além disso é poluente. Os acordos para a diminuição da emissão de gases poluentes promovem uma corrida às energias renováveis.

Alimentar

Tal crise alimentar não é hoje resultado da falta de alimentos, mas de falta de acesso a estes alimentos. Que no último período teve uma alta absurda em seu preço devido as especulações existentes no mercado e que hoje sofre com o oligopólio das grandes redes de super mercados como: Wall Mart, Carrefour, Pão de açúcar, uni compra.


Efeitos da Crise
Super exploração dos trabalhadores através da diminuição dos salários e aumento da intensidade e da jornada de trabalho, demissões em massas,...
Maior transferência de recursos das empresas dos países
periféricos para suas matrizes nos países centrais.
Maior exploração dos recursos naturais;

Efeitos da Crise para o Campo
O agronegócio resultado do casamento entre a grande propriedade da terra, o capital financeiro
internacional e as empresas internacionais, ao longo dos últimos anos adotou um modelo de produção agrícola industrial com base em monocultivos, uso intensivo de agrotóxicos, utilização de maquinário pesado e produção para a exortação, entra em crise, pois a diminuição das exportações e da demanda externa de produtos primários, bem como aumento nos custos dos insumos derivados do petróleo, e conseqüentemente, uma diminuição nas taxas de lucro.
Tal situação também atinge o sistema de financiamento do agronegócio, que por sua vez é completamente dependente. Sem sombra de dúvidas esta situação vai acirrar a disputa por território no campo, inclusive por que o capital tem uma enorme necessidade de aumentar a exploração dos recursos naturais como: água, minérios, etc.

Ações do Estado
Entendendo que o estado é um instrumento que se coloca a serviço da classe hegemônica num dado momento histórico, estamos assistindo as ações de tal estado que por sua vez vem tomando medidas emergenciais para salvar as empresas injetando recursos públicos nos cofres do capital, resultando de certa forma em um menor volume de recursos para as questões sociais.

O Governo investe em muitas destas empresas
Um exemplo foi a compra de parte do Banco Votorantim pelo Banco do Brasil, por R$ 4 bilhões de reais por 49% das ações, o que não lhe deu controle acionário. Uma semana mais tarde o Banco Votorantim comprou ações da Aracruz celulose, salvando esta última da crise em que havia entrado pela especulação na bolsa de valores. Ou seja, o governo brasileiro salvou o Banco Votorantim que estava quebrando pela crise dos financiamentos de automóveis e indiretamente a Aracruz celulose. A Votorantim transformou um banco em crise em parte de uma empresa multinacional. E o governo e o povo brasileiro, o que ganharam com isso?

Papel do Campesinato
Devido aos camponeses gozarem de certa autonomia na produção (quando não integrados) tem uma maior condição de fazer enfrentamentos à crise, através:
Da produção diversificada de alimentos saudáveis em convívio com o meio ambiente e para alimentar a classe trabalhadora;
Construção de novos espaços de comercialização que coloque o valor de uso sobre o valor de troca, rompendo assim com a lógica do mercado capitalista;
Estes elementos devem servir para um processo de acumulo de forças que garanta uma organicidade em função de fazer lutas concretas que contribuam para um profundo processo de transformação social, onde os camponeses são sujeitos políticos;

Alianças
Acreditamos que a partir da produção de alimentos é possível estabelecer relações diretas com os trabalhadores urbanos, estreitando assim o campo de alianças entre campo e cidade. Entendendo que as verdadeiras alianças se constituem na luta concreta acreditamos que é necessária a construção de grandes ações de massa que vão unificando os trabalhadores do campo e cidade.

Desafios
Acreditamos que a atual crise abala as estruturas do capital, porem não representa o fim do capitalismo, que por sua vez só será destruído a partir da unidade dos trabalhadores estando organizados e em luta. Sendo assim, nos são colocados alguns desafios:
Ocupar todos os espaços possíveis para debater sobre a crise e ao mesmo tempo colocar nossa proposta política pautando assim a sociedade;
Fazer trabalho de base e avançar no nível de organicidade dos camponeses;
Ajudar a elevar o nível de consciência dos trabalhadores, entendendo inclusive que o debate sobre a educação pode ajudar objetivamente avançar neste rumo;
Avançar no trabalho com a juventude camponesa e urbana, buscando formas de discutir seus problemas e os caminhos possíveis para resolvê-los;
Avançar na produção de alimentos saudáveis em convívio com o meio ambiente, para alimentar a classe trabalhadora.


AGRONEGOCIO
É o capitalismo no campo. produz para obter lucro. Degrada a natureza porque usa adubos químicos, sementes transgênicas, hormônios e agrotóxicos. Planta es produtos que estão dando lucros, que sâo produzidos em grande escala. EX: cana, soja, algodão, eucalipto e fumo, mudam assim que diminuem seus lucros. São poucos, mesmo assim elegem deputados e senadores para fazer leis que protejam seus negócios, garantam fÏnanciamentos, perdoem suas dividas e façam pesquisas agropecuárias para beneficiá-los. A principal finalidade é investir dinheiro para gerar dinheiro e aumentar seus lucros. Produz para exportação, mesmo que no Brasil tenha 60 milhões de pessoas passando fome. Não estar preocupado com quem vai comer os produtos, nem com a destruição da terra, da água e do meio ambiente. Recebem sempre do governo 5 vezes mais do que os milhões de camponeses.

Luta Camponesa - Soberania Alimentar e Poder Popular!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário