sábado, 30 de maio de 2009

Agronegocio recebe mais que agricultura camponesa

Agronegócio recebe mais verbas que agricultura familiar

29/05/2009


Da Radioagência NP

O Ministério da Agricultura liberou, para os anos de 2009 e 2010, R$ 93 bilhões para financiar o agronegócio, enquanto a agricultura familiar ficou com R$ 15 bilhões. Comparando com o último ano, enquanto o valor destinado ao agronegócio teve aumento em R$ 15 bilhões, a agricultura familiar teve um acréscimo de apenas R$ 2 bilhões.

Para a Via Campesina – organização que reúne movimentos sociais de quatro continentes – estes números são um erro para a soberania alimentar brasileira. A representante da organização, Maria Costa, lamenta o projeto de desenvolvimento no campo do país:

“Nós [agricultores familiares] somos responsáveis por mais de 70% da produção de alimentos neste país. Passar R$ 93 bilhões para o agronegócio, que continua endividado, gerando despesas mesmo recebendo um volume de subsídio enorme do Estado brasileiro, é preocupante. Isso significa que vamos continuar por um caminho que a história está mostrando que não está certo.”

Maria Costa acredita que o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, comete equívocos ao declarar que o agronegócio tem ajudado o Brasil no contexto de crise mundial.

“Nós discordamos consideravelmente das defesas que ele faz, porque o que o agronegócio representa na balança comercial não está computado os grandes desastres [ambientais e sociais] e nós, com a crise mundial, não podemos deixar de computar essas questões.”

Segundo a Via Campesina, um planejamento melhor para a agricultura familiar, destinando maiores verbas para o setor, traria benefícios para a sociedade.


sexta-feira, 29 de maio de 2009

Agenda de Atividades - MPA

- Dias 3 e 4 do 05 Encontro da Biosfera em Paulo Afonso - BA
- Dia 9 do 05 Reunião das comunidades em Água Branca - AL ;
- Dia 11 do 05 Reunião da Via Campesina em Palmeira dos Índios- AL
- Dia 13 do 05 Reunão com a colonia de pescadores de Delmiro Gouveia- AL
- Dia 13 do 05 Reunião de base na comunidade de tabuleiro Água Branca - AL
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Campanha de Solidariedade com o Haiti

Circular Nº 06/2009 - Campanha de Solidariedade com o Haiti - 5 anos de ocupação, BASTA!
Prezados comp@s,
Articuladores/as de todas as frentes de luta, movimentos, redes, pastorais e organizações,
Durante o período de 15 a 27 de junho estaremos recebendo três comp@s haitianos que virão para um giro pelo Brasil para debater a situação do Haiti e fortalecer a campanha pela retirada das tropas. Neste próximo dia 1º de junho completam-se 5 anos de ocupação.
Para contribuir neste debate e fortalecer a Campanha pela Retirada das Tropas já está marcado para o dia 17 de junho em Brasilia uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, e a proposta que façamos reuniões com outros poderes, dentre eles o Itamaraty. A audiência pública ainda não tem horário, mas possívelmente será pela manhã. Portanto, os comp@s do DF que pretendem fazer alguma atividades, podem programar para a noite do dia 16/jun ou para a tarde/noite do dia 17/06.
A exemplo do giro realizado em março de 2007, estamos propondo repetir a dose, ou seja, os comp@s do Haiti estarão disponíveis para viajar aos estados e contribuir em debates, seminários, visitas em escolas, universidades conforme a proposta que cada local puder organizar para o período de 18 a 26 de junho.
Este ano os recursos estão bem escassos, portanto, para este deslocamento até as regiões estamos solicitando a colaboração para passagens e hospedagens/alimentação.
Já está a disposição um cartaz e nos próximos dias um folder para a mobilização local do trabalho e para intensificar a campanha em solidariedade e pela retirada das tropas do Haiti. Ainda está em construção a proposta de um abaixo assinado eletrônico.
Importante destacar, que o prazo para a renovação da permanencia das tropas é até outubro, mas se não nos mobilizarmos logo, não acumulamos para outubro.
Os interessados em realizar alguma atividade no período destacado de 18 a 26 de junho devem enviar uma sugestão com o seguinte:
Proposta de data:
Proposta de atividade:
Pessoa de contato/responsável - nome, telefone e e-mail:
Onde será (universidade, escola, sindicato, movimento, pastoral,...) e em qual estado:
Possibilidade de apoio financeiro:
Desde logo a comissão organizadora agradece a colaboração e as contribuições serão bem vindas.

Atenciosamente,
Jubileu Sul, MST e Conlutas
Secretaria JUBILEU SUL/BRASILTel. (+55) 11 3112 1524Cel. (+55) 11 91163721Fax. (+55) 11 31059702Skype rosilene_wansettowww.jubileubrasil.org.br

Alimentação Escolar uma conquista nossa

A comissão Diretora apresenta Redação final do projeto de lei Conversão nº 8, de 2009( medida provisoria 455, de 2009), que dispoe sobre o atendimento da alimentação escolar e do programa dinheiro direto na escola aos alunos da educação basica; altera as leis nºs, 10.880 de 11 de junho de 2004, 11.273, de 6 de fevereiro de de 2006, 11.507, de junho de 2007; revoga dispsitivos da medida provisoria. 2.178-36, de 24 de agosto de 2001 e a nº 8.913, 12 de julho de 2004; e da outras providencias, consolidando a Emenda de redação aprovada pelo plenario.
Brasilia 27 de maio de 2009.
Fonte MPA Brasil
Nos dias 24 e 25 de maio de 2009 camponeses e camponesas da Região Nordeste da Bahia se reuñirão no munnicípio de Cicero Dantas para discutir os efeitos da Crise, Conjuntura, o modelo do agronegocio e o projeto de agricultura camponesa que queremos. O encontro contou com a participação de camponeses e camponesas de Adustina, Antas, Benzaê, Cicero Dantas, Euclides da Cunha, Fátima, Jeremoabo, Lamarão, Nova Soure, Novo Triunfo, Olindina, Paripiranga, Paulo Afonso, Quijingue, Ribeira do Pombal, Ribeira do Amparo, Sitio do Quinto e Tucano.
José Helio - MPA

comunidades dizem não ao canal do Sertão de Alagoas

As Comunidades de Serra das Viuvas, Ouricori, Tabuleiro, Buquerião no município de Água Branca, e a comunidade de Cruz município de Delmiro Gouveia dizem não a obra do Canal do Canal do Sertão. Estas comunidades afirmarão que forão consultadas pelo estado se elas queriam esta obra e dizem tambem que não vão ser beneficiadas com a obra, pois os latifundiarios da região é quem tão dizendo por onde ela vai passar e quem vai pagar a conta mais uma vez somos nós, por uma obra que não tem nada haver com nossas comunidades e necessidades.
José Hélio. MPA

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ex - presidente do Ibama responderá a Justiça

RIO SÃO FRANCISCO
Ex-presidente do Ibama responderá à Justiça por autorizar transposição
Da Redação - 26/05/2009 - 20h30

A Justiça Federal recebeu nesta segunda-feira (25/5) uma ação de improbidade administrativa contra o ex-presidente do Ibama, Marcus Barros. Ele será processado por ter autorizado a emissão da licença de instalação das obras de transposição do rio São Francisco sem a análise dos projetos executivos e a realização de novas audiências públicas, em março de 2007.
A ação foi proposta pelo MPF-DF (Ministério Público Federal no Distrito Federal) em julho do ano passado. O procurador da República Francisco Guilherme Bastos alegou que o ex-presidente do Ibama contrariou o Decreto Presidencial 99.274/1990 e uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) ao emitir a licença precipitadamente. Barros tinha consciência da ilegalidade, pois foi alertado pelo MPF antes da emissão da licença. Na época, garantiu que os projetos executivos já tinham sido analisados, fato desmentido posteriormente.
Ao receber a ação, o juiz federal Alexandre Vidigal afirmou que a divergência nas informações prestadas e a insuficiência dos documentos apresentados pelo ex-presidente do Ibama durante a defesa prévia são elementos suficientes para dar prosseguimento à ação judicial, que entra agora na fase de instrução processual. A decisão foi comemorada pelo procurador da República Francisco Guilherme, autor da ação. “O recebimento da inicial demonstra a consistência dos elementos apresentados pelo MPF”, afirmou.
Na ação, o Ministério Público pede a condenação de Marcus Barros ao pagamento de multa, à perda da função pública, à suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, e à proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios fiscais ou creditícios por cinco anos.
Ex-presidente do Ibama responderá à Justiça por autorizar transposição
Da Redação - 26/05/2009 - 20h30

A Justiça Federal recebeu nesta segunda-feira (25/5) uma ação de improbidade administrativa contra o ex-presidente do Ibama, Marcus Barros. Ele será processado por ter autorizado a emissão da licença de instalação das obras de transposição do rio São Francisco sem a análise dos projetos executivos e a realização de novas audiências públicas, em março de 2007.
A ação foi proposta pelo MPF-DF (Ministério Público Federal no Distrito Federal) em julho do ano passado. O procurador da República Francisco Guilherme Bastos alegou que o ex-presidente do Ibama contrariou o Decreto Presidencial 99.274/1990 e uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) ao emitir a licença precipitadamente. Barros tinha consciência da ilegalidade, pois foi alertado pelo MPF antes da emissão da licença. Na época, garantiu que os projetos executivos já tinham sido analisados, fato desmentido posteriormente.
Ao receber a ação, o juiz federal Alexandre Vidigal afirmou que a divergência nas informações prestadas e a insuficiência dos documentos apresentados pelo ex-presidente do Ibama durante a defesa prévia são elementos suficientes para dar prosseguimento à ação judicial, que entra agora na fase de instrução processual. A decisão foi comemorada pelo procurador da República Francisco Guilherme, autor da ação. “O recebimento da inicial demonstra a consistência dos elementos apresentados pelo MPF”, afirmou.
Na ação, o Ministério Público pede a condenação de Marcus Barros ao pagamento de multa, à perda da função pública, à suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, e à proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios fiscais ou creditícios por cinco anos.
Fonte - folha online

CUIDADO COM O LIXO TÒXICO

A crise atual

A crise atual
A atual crise financeira se originou no coração do capitalismo, no entanto se espalhou pelo mundo e atingiu toda a estrutura do modelo capitalista neoliberal, tornando-se uma crise estrutural, que possivelmente será prolongada. Tal crise também é resultado de um modelo de exploração que o capital adotou ao longo dos anos e que ganhou maiores proporções na atualidade, atingindo vários aspectos como:

Ambiental

O modelo atual é insustentável do ponto de vista ambiental, pois degrada o meio ambiente aumentando a cada dia o nível de exploração e apropriação dos recursos naturais por parte das empresas capitalistas. No último período temos vivenciado os graves efeitos deste modelo como: o aquecimento global desgela nos pólos, aumento do nível do mar, furacões, secas, alagamentos, etc.

Ideológica
Confundir a mente e o coração das pessoas onde tudo é mercado e as pessoas deixam der ser humano e passam ser objeto de mercado. Deixamos de ter um senso critico e organizativo das coisas que estão acontecendo. Deixamos de ter consciência de classe, as pessoas briguem entre si deixem de ser pessoas com capacidade de fazer justiça, passamos a ser igual ou pior que os capitalista. Perdemos a capacidade de sentir ternura um pelo outro ficamos inconseqüente. Não temos projeto coletivo que se sustente nossas lutas. Olhamos as organizações dos trabalhadores e percebemos que todos estão divididos e estão armados para fazer o confronto interno entre si de não permitir que outros se aproximem. Ha uma desumanização de nós mesmos, perdemos a paixão e a ternura pela vida de e a capacidade de endurecer-se sem perder a ternura jamais (Che Guevara). O neoliberalismo como ideologia que legitimava a ofensiva econômica, política e até militar dos países centrais sobre os países periféricos, destrói-se, pois o discurso implementado de que o estado não devia intervir na economia vai por água abaixo, chegando ao ponto de que certas empresas para sobreviver necessitem de investimento esta

Energética
O sangue do sistema capitalista é o petróleo, que segundo estudos está entrando em um ciclo de escassez e além disso é poluente. Os acordos para a diminuição da emissão de gases poluentes promovem uma corrida às energias renováveis.

Alimentar

Tal crise alimentar não é hoje resultado da falta de alimentos, mas de falta de acesso a estes alimentos. Que no último período teve uma alta absurda em seu preço devido as especulações existentes no mercado e que hoje sofre com o oligopólio das grandes redes de super mercados como: Wall Mart, Carrefour, Pão de açúcar, uni compra.


Efeitos da Crise
Super exploração dos trabalhadores através da diminuição dos salários e aumento da intensidade e da jornada de trabalho, demissões em massas,...
Maior transferência de recursos das empresas dos países
periféricos para suas matrizes nos países centrais.
Maior exploração dos recursos naturais;

Efeitos da Crise para o Campo
O agronegócio resultado do casamento entre a grande propriedade da terra, o capital financeiro
internacional e as empresas internacionais, ao longo dos últimos anos adotou um modelo de produção agrícola industrial com base em monocultivos, uso intensivo de agrotóxicos, utilização de maquinário pesado e produção para a exortação, entra em crise, pois a diminuição das exportações e da demanda externa de produtos primários, bem como aumento nos custos dos insumos derivados do petróleo, e conseqüentemente, uma diminuição nas taxas de lucro.
Tal situação também atinge o sistema de financiamento do agronegócio, que por sua vez é completamente dependente. Sem sombra de dúvidas esta situação vai acirrar a disputa por território no campo, inclusive por que o capital tem uma enorme necessidade de aumentar a exploração dos recursos naturais como: água, minérios, etc.

Ações do Estado
Entendendo que o estado é um instrumento que se coloca a serviço da classe hegemônica num dado momento histórico, estamos assistindo as ações de tal estado que por sua vez vem tomando medidas emergenciais para salvar as empresas injetando recursos públicos nos cofres do capital, resultando de certa forma em um menor volume de recursos para as questões sociais.

O Governo investe em muitas destas empresas
Um exemplo foi a compra de parte do Banco Votorantim pelo Banco do Brasil, por R$ 4 bilhões de reais por 49% das ações, o que não lhe deu controle acionário. Uma semana mais tarde o Banco Votorantim comprou ações da Aracruz celulose, salvando esta última da crise em que havia entrado pela especulação na bolsa de valores. Ou seja, o governo brasileiro salvou o Banco Votorantim que estava quebrando pela crise dos financiamentos de automóveis e indiretamente a Aracruz celulose. A Votorantim transformou um banco em crise em parte de uma empresa multinacional. E o governo e o povo brasileiro, o que ganharam com isso?

Papel do Campesinato
Devido aos camponeses gozarem de certa autonomia na produção (quando não integrados) tem uma maior condição de fazer enfrentamentos à crise, através:
Da produção diversificada de alimentos saudáveis em convívio com o meio ambiente e para alimentar a classe trabalhadora;
Construção de novos espaços de comercialização que coloque o valor de uso sobre o valor de troca, rompendo assim com a lógica do mercado capitalista;
Estes elementos devem servir para um processo de acumulo de forças que garanta uma organicidade em função de fazer lutas concretas que contribuam para um profundo processo de transformação social, onde os camponeses são sujeitos políticos;

Alianças
Acreditamos que a partir da produção de alimentos é possível estabelecer relações diretas com os trabalhadores urbanos, estreitando assim o campo de alianças entre campo e cidade. Entendendo que as verdadeiras alianças se constituem na luta concreta acreditamos que é necessária a construção de grandes ações de massa que vão unificando os trabalhadores do campo e cidade.

Desafios
Acreditamos que a atual crise abala as estruturas do capital, porem não representa o fim do capitalismo, que por sua vez só será destruído a partir da unidade dos trabalhadores estando organizados e em luta. Sendo assim, nos são colocados alguns desafios:
Ocupar todos os espaços possíveis para debater sobre a crise e ao mesmo tempo colocar nossa proposta política pautando assim a sociedade;
Fazer trabalho de base e avançar no nível de organicidade dos camponeses;
Ajudar a elevar o nível de consciência dos trabalhadores, entendendo inclusive que o debate sobre a educação pode ajudar objetivamente avançar neste rumo;
Avançar no trabalho com a juventude camponesa e urbana, buscando formas de discutir seus problemas e os caminhos possíveis para resolvê-los;
Avançar na produção de alimentos saudáveis em convívio com o meio ambiente, para alimentar a classe trabalhadora.


AGRONEGOCIO
É o capitalismo no campo. produz para obter lucro. Degrada a natureza porque usa adubos químicos, sementes transgênicas, hormônios e agrotóxicos. Planta es produtos que estão dando lucros, que sâo produzidos em grande escala. EX: cana, soja, algodão, eucalipto e fumo, mudam assim que diminuem seus lucros. São poucos, mesmo assim elegem deputados e senadores para fazer leis que protejam seus negócios, garantam fÏnanciamentos, perdoem suas dividas e façam pesquisas agropecuárias para beneficiá-los. A principal finalidade é investir dinheiro para gerar dinheiro e aumentar seus lucros. Produz para exportação, mesmo que no Brasil tenha 60 milhões de pessoas passando fome. Não estar preocupado com quem vai comer os produtos, nem com a destruição da terra, da água e do meio ambiente. Recebem sempre do governo 5 vezes mais do que os milhões de camponeses.

Luta Camponesa - Soberania Alimentar e Poder Popular!!!

Somos Camponeses Queremos Terra Trabalho e Justiça


O Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA, é um movimento social autônomo e de massa, organizado e dirigido pelos camponeses/as, que lutam para resgatar a identidade camponesa e construir um novo Projeto de Desenvolvimento da Agricultura. Sua base é formada por grupos de famílias camponesas que produzem alimentos para o auto consumo e para o abastecimento do mercado interno do país, baseados na agroecologia.